sexta-feira, 24 de maio de 2013

'Foi um dia de fúria', diz delegado sobre crime na Grande SP

24/05/2013 - 12h20

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GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO
O delegado Andreas Schiffmann, que investiga a morte do casal Fábio de Rezende Rubim, 40, e Miriam Cecília Amstalden Baida, 37, mortos pelo vizinho Vicente D'alessio, 62, em Santana de Parnaíba (Grande SP), disse que eles também já haviam reclamado do barulho feito por D'alessio.
O casal era discreto e não fazia festas. "As reclamações de barulho feitas pelo atirador em relação ao casal eram por conta de barulho de sapato no piso, por exemplo", disse Schiffmann.
Moradores do prédio disseram à policia que o casal também reclamava do barulho feito por D'alessio. "Mas por motivos semelhantes, alguém falando mais alto em reuniões. Nada além disso", disse o delgado.
O crime aconteceu no final da noite de quinta-feira (23) no condomínio residencial Bosque de Tamboré, na rua Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues.
Por volta das 20h, D'Alessio invadiu o apartamento vizinho, que fica no andar superior, e atirou contra o casal após uma discussão sobre barulho. No apartamento, estava a filha do casal de um ano e meio. A criança está sob responsabilidade da avó paterna.
Fábio Rubim era subsíndico do prédio, e trabalhava em uma multinacional. Sua mulher, Miriam Cecília, era dentista e faria aniversário nesta sexta-feira (24).
Segundo Schiffmann, D'alessio não contou com a ajuda de ninguém para cometer o crime por motivo banal.
"Foi um dia de fúria, igual ao filme. Isso é um problema da sociedade, que parece estar intolerante demais", afirmou.
Reprodução/Facebook
O casal Fábio de Rezende Rubim, 40, e Miriam Cecília Amstalden Baida, 37, que foi morto pelo vizinho em Santana de Parnaíba (SP)
O casal Fábio de Rezende Rubim, 40, e Miriam Cecília Amstalden Baida, 37, que foi morto pelo vizinho em Santana de Parnaíba (SP)
ARMA
De acordo com o delgado, D'alessio tinha apenas o registro da arma, mas não o porte dela. "Mesmo tendo o porte, não poderia sair de sua casa com ela".
O delegado afirmou que o atirador tinha uma doença chamada Guillain-Barré, que afeta o sistema nervoso e chegou a ficar internado por quase um ano. "Até onde me foi informado, é uma doença que deixa os músculos fracos, como uma geleia. Mas não é possível ter certeza se isso tem relação com a atitude dele", disse.
A polícia investiga ainda se a vitima Fábio Rubim abriu a porta para D'alessio ou se ela já estava aberta. "O fato é que não há sinais de arrombamento, a entrada foi fácil", disse.
Eduardo Anizelli/Folhapress
Policiais diante de prédio onde morador assassinou casal de vizinhos e depois se matou, em Santana de Parnaíba (SP)
Policiais diante de prédio onde morador assassinou casal de vizinhos e depois se matou, em Santana de Parnaíba (SP)


http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/05/1284212-foi-um-dia-de-furia-diz-delegado-sobre-o-crime-na-grande-sp.shtml

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